Eu não percebia, mas estava preso. Todo dia, o mesmo caminho, o mesmo peso no peito e aquela sensação de que minha vida estava passando… dentro de um cubículo. Por anos, acreditei que “era isso” e que eu devia ser grato por ter um emprego.
O problema é que, enquanto eu me conformava, minha motivação e minha saúde iam embora. Hoje sei: foram sete erros claros que me mantiveram preso, e talvez você esteja cometendo alguns deles agora. Vamos direto ao ponto.
1. Acreditar que “emprego ruim é melhor do que nenhum”
Essa frase é um clássico que mantém muita gente estagnada. Eu repetia isso para mim mesmo como se fosse um mantra de sobrevivência: “Melhor esse emprego ruim do que nada.” O resultado? Aceitava condições desfavoráveis, salários baixos e tarefas que me desmotivavam.
Se você se pega pensando assim, é hora de refletir: quantas oportunidades você perdeu por medo de arriscar? Um emprego ruim não deve ser encarado como segurança absoluta. Planejamento, pesquisa e preparo podem abrir portas muito melhores.
2. Não investir em mim mesmo
Eu gastava dinheiro com coisas supérfluas, mas nunca em cursos, habilidades novas ou networking. Resultado: não me tornei mais valioso no mercado.
Investir em si mesmo não significa gastar fortunas — pode ser um curso online, um livro, um workshop ou até aprender algo gratuitamente pela internet. Cada habilidade adquirida aumenta seu valor, sua confiança e suas chances de uma transição de carreira bem-sucedida.
3. Evitar desconforto a todo custo
Falar com o chefe sobre aumento? Participar de processos seletivos? Pedir feedback? Tudo me deixava ansioso, então eu evitava. E assim, nada mudava.
O desconforto é sinal de crescimento. Se você sempre evita situações difíceis, fica estagnado. Comece pequeno: faça perguntas, peça avaliações construtivas e busque conversas francas. Com o tempo, isso vira hábito e abre caminhos que antes pareciam impossíveis.
4. Acreditar que tempo de casa garante crescimento
Eu achava que “quem espera sempre alcança”. Spoiler: no mundo corporativo, quem espera demais, perde o bonde.
Promoções não aparecem só por anos de serviço; aparecem para quem entrega resultados consistentes, se destaca e é proativo. Avalie o que você pode fazer para ser indispensável e não apenas “mais um funcionário”.
5. Aceitar um ambiente tóxico como normal
Brigas, fofocas, humilhações… e eu achava que “todo lugar é assim”. Isso me drenava e roubava energia.
Aprendi que ambiente tóxico não é normal — é prejudicial. Identifique sinais de abuso emocional, busque aliados dentro da empresa e, se possível, documente situações. Às vezes, a solução é mudar de ambiente antes que o desgaste seja irreversível.
6. Trabalhar só pelo salário
Eu esquecia de olhar para o lado humano e para o sentido do que fazia. Resultado: burnout na certa.
Dinheiro é importante, mas satisfação também. Quando o trabalho só paga contas, você se esquece do propósito. Busque atividades que façam sentido, mesmo que pequenas, e conecte-se ao impacto que seu trabalho gera. Isso ajuda a manter motivação e saúde mental.
7. Não ter um plano de saída
Ficar insatisfeito é uma coisa. Não ter um plano para mudar é o que te mantém preso. Eu só reclamava, sem agir.
Ter um plano significa definir objetivos claros: cursos a fazer, contatos a criar, experiências a buscar. Planejamento dá segurança e transforma ansiedade em ação. Você não precisa mudar do dia para a noite, mas precisa começar a caminhar na direção certa.
Conclusão
Se você se viu em algum desses erros, cuidado: é exatamente assim que os anos passam e nada muda. Mas calma — reconhecer os erros é o primeiro passo para corrigi-los.
No próximo artigo, vou mostrar como corrigir cada um desses 7 erros, com exemplos reais, dicas práticas e estratégias para sair do emprego que te prende sem se desesperar.
Lembre-se: ficar parado pode parecer seguro, mas é a forma mais rápida de perder tempo e motivação. Planeje, aprenda, busque suporte e coloque-se em movimento. Seu futuro profissional depende das decisões que você toma hoje.